Nosso começo, um pouco de nossa história... memórias...
"Tenho prazer de ver uma toalha branca se transformar numa peça toda ornamentada" diz Etelvina.
As bordadeiras da Clareart, em Tiradentes elaboram bordados manuais, sob orientação do designer Moisés Jordano, de forma representativas, a fim de recuperar os saberes populares materializados pelo viés dos bordados feito por suas mães, avós e bisavós, buscando resgatar a história dessas comunidades.
O bordado, uma das poucas atividades artesanais com fins puramente estéticos, expandiu-se pela Europa quando passou a ornamentar as vestes da nobreza e a conferir pompa aos rituais católicos. Nos tempos colonias chegaria ao brasil. Em um passado recente, ainda era uma atividade exclusivamente feminina. Hoje é comum que os homens das famílias bordem com as mulheres. De complemento orçamentário, o bordado passa a principal - ou única - fonte de renda familiar. As bordadeiras mais habilidosas costumam imprimir um toque especial aos seus bordados: cada um se torna uma peça única. Algumas vão mais além: horas de dedicação enriquecem, embelezam e enobrecem o tecido, que se torna numa peça de arte, a passar de geração a geração, como parte da história da família. Independente do nível do nível de experiência e do grau de sucesso, as bordadeiras, em geral, orgulham-se de sua profissão. Não a trocariam por outra mais rendosa e se sentem gratificadas por poder exercer sua criatividade. É o caso da mineira Etelvina Resende Silva, 43, casada, dois filhos. Começou a bordar cedo com 10, 11 anos, em Tiradentes/MG, onde nasceu. Seu perfil e sua história se repetem entre as bordadeiras: estudou somente até a sexta série do Ensino Fundamental devido às dificuldades financeiras, fez curso de bordados em uma associação local, trabalha em casa, vende suas peças para lojas. "Tenho prazer de ver uma toalha branca se transformar numa peça toda ornamentada" diz Etelvina. E conclui, satisfeita: "Eu gosto da possibilidade de variar as cores e da liberdade de criar tantos desenhos. E não imaginava que o bordado seria tão reconhecido..."
Entre novelos de linhas coloridas, agulhas e tecidos, mãos habilidosas bordam sem parar.
Clique aqui para ter acesso ao mapa de orientação sobre o Ateliê Bordados Clareart.
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Moisés Jordano